quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

No Brasil, milhares de motociclistas morrem com um disparo de 38

A cada ano que se inicia, todas as pessoas esperam que as melhores coisas aconteçam. Dívidas sejam pagas, dinheiro sobrando, objetivos a serem atingidos e muito mais. Ao contrário disso, 2008 começou com um verdadeiro atentado terrorista contra os usuários de motocicleta. O DENATRAN, alegando um aumento nas indenizações com acidentes envolvendo motos, resolveu elevar o valor do seguro obrigatório para motos em 38%, passando de $ 184,00 para $255,00. Com esta pífia e rídicula medida, mais uma vez o contribuinte, especificamente motociclistas, vão pagar a conta de uma inconsequente aplicação de recursos e falho sistema de trânsito brasileiro. Com isso, as pessoas que administram o setor, insistem em aplicar mediads dessa natureza, as quais não trazem nenhum resultado prático e sim, incita a revolta da população que depende deste meio de transporte, e não diminui absolutamente em nada os acidentes com moto. Para mudar a tragicidade das estatísticas e reduzí-las, o órgão máximo de trânsito (DENATRAN) deveria discutir a melhoria do sistema de rodagem terrestre em todo o Brasil, em conjunto com os órgãos responsáveis pela conservação das rodovias, investir em tecnologias como por exemplo, veículos com sensores que reduzissem automaticamente à velocidade permitida para a via, desenvolvesse um corredor ou vias específicas para motos e talvez aumentasse a idade para a primeira habilitação, já que segundo as estatísticas, os acidentes são cometidos na maioria das vezes entre os 18 e 24 anos. Por outro lado,os imprudentes usuários de moto devem conscientizar-se de que apesar da praticidade das duas rodas, as regras de circulação em geral são as mesmas para todos os condutores, por isso, não podem sair por aí ultrapassando pela direita, furando fila em hipótese alguma, exceder a velocidade, dirigir sobre o efeito do álcool, etc... e na minha opinião, quem nos garante que esses 38% vão ser investidos de fato nas ditas indenizações ou será usado em aumento de salários, cargos comissionados entre outros. Portanto, não se pode acreditar que esse atentado terrorista legalizado tenha alguma eficácia, pois sou usuário de moto há mais de dez anos e neste período o seguro para motos aumentou em mais de $170,00 e nada de resultado prático foi verificado e mais uma vez o "Lobo legal" chamado "órgãos governamentais" impõe aumentos absurdos de impostos e nós "cordeirinhos" aceitamos e assistimos a tudo como se não fosse nos atingir. Muita atenção, camaradas! Vamos acordar e parar de aceitar esses abusos que não dão resultados para a maioria da população....

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

AMADA MESTRA, SOCORRA-ME!

AMADA MESTRA, SOCORRA-ME!

Era uma vez num Império chamado Caçador vivia uma mestra em assuntos relacionados à saúde. Ela era tão entendida no ramo que o Imperador Salú XVIII contratou-a para responder pela saúde, cujo conceito, estava sempre em baixa na opinião de todos os seus súditos. A mestra logo assumiu a tarefa e começou a organizar os serviços em diversas localidades do reino. Dentre as organizações feitas por ela, estava o grupo gestor da área, que foi criado para discutir os caminhos e destinação dos impostos pagos pela população, o Pronto Atendimento, o Expresso Saúde, etc. Tudo estava tomando rumos que levava o povo a crer que um dos maiores problemas sociais do Império ia ser resolvido de uma vez por todas. As pessoas eram bem atendidas nas unidades de saúde, as farmácias sempre dispunham dos medicamentos básicos, os agentes estavam recebendo um salário próximo ao de um Chefe Provinciano, os médicos estavam muito contentes com a tabela de preço do SUS e o povo não precisava mais enfrentar intermináveis filas, e nem dormir em frente ao posto para conseguir uma ficha de consulta. Depois de transcorrido mil e quinhentas luas, a prestação dos serviços de saúde estava a mil maravilhas. Mas como em praticamente tudo há um estraga prazeres, não demorou aparecer alguém para atrapalhar o trabalho da Mestra. Por ironia do destino, foram exatamente os médicos mais antigos que costumavam dominar o setor que resolveram exigir mais um aumento de salário e redução das horas de trabalho. Eles também reivindicavam para seu grupo a diminuição do número de consultas e iniciaram a greve.

Os médicos grevistas pararam de proceder aos atendimentos e começaram a fazer reuniões com o Imperador Salú XVIII, a grande Mestra e os representantes do povo, porém sem nenhum resultado. Dias e dias iam passando e os serviços de atendimento médico tornavam-se cada vez mais escassos e precários pois, eram poucos os profissionais que não haviam aderido à greve. Houve inclusive audiências públicas para debater o tema, mas nunca avançava. Nos bastidores do Império, muitas opiniões eram colocadas na busca da resolução desta questão importante e crucial para a população. Passados sessenta dias de greve, mesmo contra a vontade da Mestra e da opinião pública, o Imperador e representantes do povo aprovaram as reivindicações da classe médica e eles retornaram ao trabalho porém, sem a Mestra. Ela ficou muito chateada com as decisões tomadas e pediu demissão do cargo. Alguns dias se passaram e o Imperador anunciou o novo responsável pelo setor. O substituto dela era um pastor que apenas sabia conduzir seus fiéis, receber o dízimo, etc... o que não era tão complexo quanto gerenciar a saúde de mais de sessenta mil habitantes do Império Caçadorense.
Por falta de qualificação na área e grande rejeição dos seus subordinados e comunidade em geral, o nobre pastor procurava conduzir os trabalhos iniciados pela grande Mestra. Tanto é, que em suas entrevistas e pronunciamentos sempre citava a grande Mestra como uma excelente parceira através do grupo gestor. Em algumas ocasiões, a Mestra aparecia até na foto junto com o pastor e o Imperador Salú XVIII... E assim, com uma humildade extrema na aceitação de sugestões, um discurso quase sempre em primeira pessoa e um salário quase três vezes maior do que o da sua antecessora, o pastor gerenciava o tão complexo e desorganizado sistema de saúde pública. Porém, jamais hesitava em pedir ajuda a sua AMADA MESTRA.
Paulo Sergio de Moraes - pmoreca@bol.com.br

CONTÔNICA PARAÍSO TROPICAL

CONTÔNICA PARAÍSO TROPICAL

Era uma vez um reino chamado Paraíso Tropical que estava em ruínas e prestes a ser tomado pelo povo da floresta, que não agüentava mais a opressão e o pagamento de impostos, para que a família real vivesse com todo o conforto e regalias dignas do título de nobreza. Viviam no reino, 513 desputados, 81 senautores, a família real e todos os ministros. Eis que em meio a tanta turbulência e descobertas de pessoas tentando burlar leis, faturar sempre mais, aparece os arqueiros do mensalauto e o senautor Lorde Robancalheiros como autores de vários assaltos aos cofres da realeza.

Lorde Robancalheiros era um homem pacato e não demonstrava atitudes que levantassem alguma suspeita, não fosse uma serviçal do palácio declarar a falta de pagamento de uma pensão para seu filho. Até aquele momento tudo estava bem acobertado e a mulher só abriu a boca porque queria ser promovida a camareira real.

Depois desta declaração, o Lorde não teve mais sossego. A imprensa real começou a investigar e publicar os acordos e as fortunas recebidas pelo nobre senautor e enquanto isso o povo ia sofrendo com a miséria e a falta de condições de vida na floresta. Todos os dias os nossos nobres representantes discutiam sobre o assunto, analisavam provas e Robancalheiros sempre se dizendo inocente de todas as acusações. Eram depoimentos de latifundiários, cocheiros, alfaiates e outros que viviam no palácio e foram convocados pela polícia real.

O reino vivia uma época com grande nuvem negra que estremecia suas estruturas. Vossa Majestade, o Rei Lula, sempre procurava não se envolver no assunto, não dava opiniões e também como autoridade maior, não tomava nenhuma providência para resolver o caso. O Rei, que estava tão aquém da situação, chegou até a declarar em conversas com outros senautores que reestatizar a Vale do Rio Doce era uma atitude de retrocesso. Logo ele que nunca defendeu a privatização das estatais feita pelo Lorde Fernando Henrique Cardoso nos oito anos de reinado. Houve uma ocasião que a discussão sobre a Vale preencheu a pauta e por um tempo esvaziou-se o assunto Robancalheiros.

No transcorrer do tempo vários fatos foram acontecendo. Eram acidentes aéreos, greves na área médica, no transporte, gente morrendo na floresta por falta de atendimento, aumento de impostos e mercadorias, etc. E assim, não restando outra alternativa para o povo da floresta, eles começaram a se organizar para combater todos os tipos de roubalheira e foram a caça dos bruxos e bruxas que comandavam o reino.

Para essa luta, juntaram-se todas as forças de ex-militares, pessoas descontentes e sem assistência nenhuma, sem-teto, sem-terra, moradores de rua, pequenos agricultores e muitas outras forças. Durante sessenta dias e todos em seus esconderijos, construíram um milhão de pizzas recheadas com coliformes fecais, dois milhões de litros com esgoto líquido retirado das ruas do reino e três milhões e meio de suco de laranja misturado com sonífero. Com tudo pronto, o povo só aguardava o momento para o combate e no reino todos ignoravam e subestimavam a força que a imensa maioria do povo detinha e não se prepararam.

Enfim chegou o tão esperado dia em que a massa seria ouvida. Todo o contingente enfileirou-se e tomou as ruas, o reino foi cercado, e a luta começou. Eram desputados, políticos em geral e senautores tentando fugir, mas a revolta popular era tanta que ninguém conseguia escapar. Sucederam-se três dias de ferrenha batalha em que somente as crianças e idosos do reino eram poupados e liberados para se deslocar ao lugar que seria o reino da justiça construído pelo povo. Finalmente, a massa levantou a bandeira da vitória e todos os ricos e donos do poder foram condenados a comer pizza, tomar o esgoto e o suco de laranja com sonífero pelo resto de seus dias e o povo viveu feliz para sempre.
Paulo Sergio de Moraes (pmoreca@bol.com.br)

Era uma vez um reino chamado Paraíso Tropical que estava em ruínas e prestes a ser tomado pelo povo da floresta, que não agüentava mais a opressão e o pagamento de impostos, para que a família real vivesse com todo o conforto e regalias dignas do título de nobreza. Viviam no reino, 513 desputados, 81 senautores, a família real e todos os ministros. Eis que em meio a tanta turbulência e descobertas de pessoas tentando burlar leis, faturar sempre mais, aparece os arqueiros do mensalauto e o senautor Lorde Robancalheiros como autores de vários assaltos aos cofres da realeza.

Lorde Robancalheiros era um homem pacato e não demonstrava atitudes que levantassem alguma suspeita, não fosse uma serviçal do palácio declarar a falta de pagamento de uma pensão para seu filho. Até aquele momento tudo estava bem acobertado e a mulher só abriu a boca porque queria ser promovida a camareira real.

Depois desta declaração, o Lorde não teve mais sossego. A imprensa real começou a investigar e publicar os acordos e as fortunas recebidas pelo nobre senautor e enquanto isso o povo ia sofrendo com a miséria e a falta de condições de vida na floresta. Todos os dias os nossos nobres representantes discutiam sobre o assunto, analisavam provas e Robancalheiros sempre se dizendo inocente de todas as acusações. Eram depoimentos de latifundiários, cocheiros, alfaiates e outros que viviam no palácio e foram convocados pela polícia real.

O reino vivia uma época com grande nuvem negra que estremecia suas estruturas. Vossa Majestade, o Rei Lula, sempre procurava não se envolver no assunto, não dava opiniões e também como autoridade maior, não tomava nenhuma providência para resolver o caso. O Rei, que estava tão aquém da situação, chegou até a declarar em conversas com outros senautores que reestatizar a Vale do Rio Doce era uma atitude de retrocesso. Logo ele que nunca defendeu a privatização das estatais feita pelo Lorde Fernando Henrique Cardoso nos oito anos de reinado. Houve uma ocasião que a discussão sobre a Vale preencheu a pauta e por um tempo esvaziou-se o assunto Robancalheiros.

No transcorrer do tempo vários fatos foram acontecendo. Eram acidentes aéreos, greves na área médica, no transporte, gente morrendo na floresta por falta de atendimento, aumento de impostos e mercadorias, etc. E assim, não restando outra alternativa para o povo da floresta, eles começaram a se organizar para combater todos os tipos de roubalheira e foram a caça dos bruxos e bruxas que comandavam o reino.

Para essa luta, juntaram-se todas as forças de ex-militares, pessoas descontentes e sem assistência nenhuma, sem-teto, sem-terra, moradores de rua, pequenos agricultores e muitas outras forças. Durante sessenta dias e todos em seus esconderijos, construíram um milhão de pizzas recheadas com coliformes fecais, dois milhões de litros com esgoto líquido retirado das ruas do reino e três milhões e meio de suco de laranja misturado com sonífero. Com tudo pronto, o povo só aguardava o momento para o combate e no reino todos ignoravam e subestimavam a força que a imensa maioria do povo detinha e não se prepararam.

Enfim chegou o tão esperado dia em que a massa seria ouvida. Todo o contingente enfileirou-se e tomou as ruas, o reino foi cercado, e a luta começou. Eram desputados, políticos em geral e senautores tentando fugir, mas a revolta popular era tanta que ninguém conseguia escapar. Sucederam-se três dias de ferrenha batalha em que somente as crianças e idosos do reino eram poupados e liberados para se deslocar ao lugar que seria o reino da justiça construído pelo povo. Finalmente, a massa levantou a bandeira da vitória e todos os ricos e donos do poder foram condenados a comer pizza, tomar o esgoto e o suco de laranja com sonífero pelo resto de seus dias e o povo viveu feliz para sempre.
Paulo Sergio de Moraes (
pmoreca@bol.com.br)

Uso salto. E daí?

USO SALTO. E DAÍ?

Daí que o CTB (código de trânsito brasileiro) em seu artigo 252 descreve como infração conduzir veículos automotores com calçado inseguro ou impróprio para a utilização dos pedais – gravidade média – 4 pontos na habilitação – 80 ufir de multa. Pois bem, vamos ao fato. Como é de rotina, moro no Martello e todos os sábados vou até a feira do produtor rural levar meu sogro para comprar alguns produtos, e na rua 1º de Maio acompanhei por alguns metros, uma motociclista montada em uma Biz. Notei que estava vestida com uma roupa de sábado, e morram de curiosidade! Não! Não! Um chiclete para quem adivinha qual calçado ela estava usando... Bingo! Bingo! Isso mesmo. Era um sapato com aproximadamente dez centímetros.

Apesar de tudo ser traduzido até aí como normal, pois historicamente o salto alto foi inserido no mercado como uma das soluções para as pessoas de baixa estatura sentir – se nas alturas. Porém, é hora de pensamento e reflexão para um assunto muito sério. Imaginemos esta mesma motociclista em uma situação de emergência por exemplo, uma freada repentina. Será que usando um salto dessa idade – mesmo com as cordinhas amarradas – ela conseguiria evitar a colisão ou a queda se o salto enroscasse em alguma outra parte do veículo? Será que ela se desprenderia caso uma queda fosse a uma distância considerada suficiente para evitar a colisão com o automotor imediatamente atrás? Estas são apenas duas hipóteses que levanto como questionamento.

No entanto, sabemos que do outro lado da moeda temos os motociclistas e motoristas que trafegam corretamente, e mesmo assim, muitas vezes sofrem por pura imprudência dos maus condutores. Falando nisso, eu como motociclista há vários anos, quero registrar que abomino certas atitudes de alguns entregadores ou motoqueiros comuns. Estes cidadãos (pensam que estão em metrópoles) e simplesmente ultrapassam na faixa contínua nos semáforos e nas vias que é proibido, ultrapassam pela direita que é ilegal e fazem das vias em geral um verdadeiro velódromo. Também, confesso que vejo uma facilidade assustadora e crescente do uso de veículos motorizados pelos menores de idade e aqui cabe uma pergunta. De quem é a culpa? Dos pais que são coniventes com essas atitudes e irresponsáveis ao permitir isso? Das autoridades de trânsito que ficam sem ação por falta de contingente ou viaturas?...Que ambíguo, não é? É a facilidade e a dificuldade no mesmo páreo.

Enquanto isso na sala de justiça, nosso heróico bat – computador vai registrando o engrossamento das estatísticas de acidentes na cidade. E a solução cadê? A solução!... hummm!... Penso que a principal delas é a consciência de cada cidadão que dirige e pretende um dia faze-lo, e depois, podemos citar o efetivo controle das vias, pessoal e aparelhamento para as autoridades, conservação das ruas, cumprimento da legislação de trânsito, etc. Portanto, não sejamos e não façamos vítimas de nossa própria imprudência. Não seja vítima de seu próprio sobre SALTO e lembre –se! Veículos são armas legais que estão sempre municiadas e prontas para ser disparadas. Não seja você o mocinho ou o bandido dessa interminável novela que não é semelhança ou mera coincidência.
BOAS FESTAS!!! COM O SALTO, É CLARO!!!!
Paulo Sergio de Moraes (pmoreca@bol.com.br)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A força do verbo poder

A força do verbo poder

Sem terra na Epagri... não póóóde.
Sem teto em terrenos urbanos ou área verde... póóóde.
Esgoto a céu aberto nas ruas dos bairros... póóóde.
Mas prover o sustento de inúmeras famílias na feira do produtor rural... não póóóde.
Criar trinta ou mais SDRs. e funções comissionadas... póóóde.
Criar emprego para os jovens... não póóóde.
Professor ouvir do aluno vá se fu--------- ... póóóde.
Professor alterar o tom da voz com a aluno... não póóóde.
Deixar o imposto sem pagar... não póóóde.
Mas pagar novamente pelo asfalto ou outro serviço público... póóóde.
Construir portais nas escolas... póóóde.
Consertar o piso da mesma escola... não póóóde.
O aluno não saber interpretar texto... não póóóde.
Mas a biblioteca fechada ou sem livros... póóóde.
Pagar mais de cem reais de INSS... póóóde.
Precisar ser atendido pelo SUS... não póóóde.
Fazer promessas nas campanhas... póóóde.
Cumprir as mesmas promessas de campanha... a oposição não deixa!!
Conseguir emprego aos 45... não póóóde.
Mas aposentar só aos 65... póóóde.
Aumentar o salário e melhores condições de trabalho... não póóóde.
Mas fazer o discurso no palanque... póóóde.
Votar projetos de interesse da nação... não póóóde.
Mas discutir sobre os ladrões engravatados, que é uma festa... póóóde.
Os ricos conscientes ou inconscientes pagarem impostos e ainda a escola particular para os filhos... póóóde.
Mas ajudar a construir uma Educação Pública com a qualidade que os brasileiros merecem... não póóódem.
Empregadores demitir vários funcionários sempre com a desculpa esfarrapada de baixa do dólar ou retenção de custo... póóódem.
Porém, quando o dólar está em alta não são e nunca serão capazes de repartir um pouco do lucro, enquanto tiverem a idéia do vem a nós, e vosso reino, nada.
E é assim meu querido e digno povão. Enquanto nossa juventude não voltar à década de sessenta e se embebedar do espírito revolucionário (com propostas e objetivos), não conseguiremos mudar absolutamente nada. Se esperarmos pela vontade dos CACIQUES e CORONÉIS da política, simplesmente vai permanecer o já conhecido jogo de interesses. Portanto, lutemos contra o CAPITALISMO SELVAGEM que impera e impede a participação do trabalhador em geral nos lucros gerados por sua força de trabalho, e veta a condição constitucional de que temos direitos à Educação, Saúde, Trabalho, etc... Mas não se iluda! Na constituição está garantido e póóóde, e a realidade, como está?... Não pense e vamos à luta que começa por cada um de nós cidadãos da massa oprimida, e sempre vítima do IMPERIALISMO ECONÔMICO MUNDIAL.
Paulo Sergio de Moraes - Professor 55 horas semanais para poder ter acesso mínimo a uma vida digna, mas sempre disposto a lutar pela melhoria da condição de vida do nosso povo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

E aí? Público ou Privado?

E aí? Público ou Privado?

Olá! Povo caçadorense. Sou mais um dos contribuintes que está com suas obrigações eleitorais, militares e civis em dia e gostaria de socializar a angustiante via- sacra que percorri para poder ter em mãos o documento de uma “duas rodas” e entregar para a pessoa que me delegou a tarefa e que ela pudesse desfrutar de sua mais recente aquisição.

Era uma quarta-feira à tarde, vinte e dois de fevereiro de dois mil e sete e saímos pesquisar preços, condições e marcas de motos para a minha estimada colega ter um pouco mais de facilidade nas suas atividades cotidianas. Depois de várias análises e contatos encontramos em uma revendedora a dita condução e fechamos o negócio, porém, não sabíamos que seria uma quase “quaresma” de espera para obter o documento de transferência. Tudo começou com a espera pela assinatura do antigo dono da moto (aproximadamente seis dias). Depois, o pagamento das “taxinhas” exigidas de vistoria “do documento” e transferência (mais três dias). Após isso, dei entrada dos documentos necessários no órgão responsável e esperei (mais seis dias para a vistoria “do documento” e transferência, cujo fim, foram pagas as taxas). Ao retornar para pegar o documento, recebi a notícia que ainda não estava pronto, mas sem questionar. Passou-se um ou dois dias e me dirigi até o órgão competente para apanhar a documentação e novamente não estava pronta e foi aí que uma das pessoas do setor de “baixo” solicitou que eu fosse ao setor de “cima”verificar o que havia ocorrido e juntamente com o pessoal do setor de “baixo” constatamos que a “DARE”que eu tinha pagado não mais era usada para esse tipo de documento (esta foi a minha falha) e urgentemente tomei providência junto ao BESC para transferir a taxa ao sistema do órgão de trânsito com o protocolo correto. Com a minha falha já corrigida, tratei de protocolar novamente no setor de “baixo” toda a documentação da pessoa, cuja assessoria foi feita por mim, e aí se foram (mais sete dias) de longa espera. Muito arrilhado com tal situação e sem poder fazer nada, lá estava eu na expectativa de “enfim” tomar posse do documento. Enganei-me. O “verdinho” ainda não havia feito o trajeto de volta ao setor de “baixo”, talvez porque o tal documento tenha gostado de permanecer entre salas, tragando a fumaça de cigarro... Vem cá! Será que isso é possível em repartições públicas? Sei lá... Talvez seja mera utopia de minha parte...

Pois bem, depois de mais um “não desceu ainda”, agora por telefone, passaram-se (mais seis dias) de ansiedade em agarrar logo o documento e finalmente colocar a placa para que minha acessorada pudesse usufruir e trafegar sem medo dos “home” recolherem a “magrela” para quartel ... E foi assim caros cidadãos contribuintes. Só não escrevo mais porque não sei quando essa “lida” termina, mas tenho certeza de que você já passou por situação semelhante e muitas vezes somos omissos e não socializamos tais fatos porque nos parece muito mais cômodo do que nos expor ou criar desafetos nos setores público e privado, porém, seja qual for das esferas, somos cidadãos que só não pagam para “respirar”(ainda) por isso, devemos ser respeitados (que valha também a reciprocidade) e não fiquemos dependendo somente da boa vontade dos nossos “também”contribuintes.

E aí? Público ou Privado?
Autor: P.Moreca (pseudônimo)
professor e contribuinte.

HEI! COMO ESTÁ SEU SALÁRIO?


Ah, o meu está legal porque o governo diz que o meu salário mínimo nunca teve um aumento tão real... Segundo o prefeito em seu discurso, o meu salário como professor nunca teve um aumento tão significativo e é um dos mais altos do estado... Bom, o meu salário agora sim está ótimo mas tive que ficar sessenta dias em greve... Olha só!!!... vamos falar baixinho porque para o meu salário eu pedi 90% de aumento. Não ganhei, porém, depois que a polêmica foi desfeita, diminuí para 28% e com a maior facilidade consegui, e agora juntando com as mordomias que a lei me permite chego a faturar mais de cem mil reais por mês e ninguém contrariou. Que beleza!!!!!... Eu não tenho do que me queixar pois, não possuo curso superior, mal fiz a quarta série e como vereador ganho mais de quatro mil reais por mês tendo o compromisso oficial de me encontrar pelo menos uma vez por semana conforme funcionamento das câmaras, assembléias e senado...
Epa!!! Pera aí... vamos mudar o rumo da prosa e discutir a relação... de salário! Será que estamos vivendo no mesmo país?... Por incrível que pareça estamos e somos injustiçados na mesma nação onde um trabalhador urbano que é a força – motriz da geração de renda recebe em geral $ 600,00 por mês, um agricultor que produz todo o alimento que nos dá força para trabalhar e viver tem que se contentar com $ 380,00 reais depois de uma vida inteira porque a previdência está quebrada, um professor que é responsável por muitos indivíduos assalariados necessita trabalhar de manhã, à tarde e à noite com um rendimento de $ 1.800,00 reais já com os descontos e ainda tem que se dirigir angustiantemente aos seus alunos com o discurso de que o estudo é importante “para obter vaga no mercado de trabalho” e não para contribuir para a real independência do país e de si mesmo em todos os aspectos. Por esta situação, sem menosprezar cada cidadão que tem um salário baixo ou alto, imagino que o nosso Brasil não pode avançar no campo social, econômico, técnico – científico, cultural com esta e tantas outras diferenças, e enquanto a maioria do povo não for valorizada. Em pleno século XXI em todos os setores público ou privado é a dominação de poucos que emperra a mudança e o crescimento e há a preocupação, em maior escala, com os interesses de pequenos grupos em detrimento de um povo que soma mais de 180 milhões de pessoas.
Por outro lado, há um discurso rançoso que ainda reluta em manter – se vivo de que algo nunca esteve tão bem quanto está hoje, mesmo após quinhentos e sete anos da invasão pelos portugueses e como sempre um pequeno grupo no domínio da situação. Essa insistência no discurso e não na prática tem feito absolutamente nada de concreto para que a maioria da população viva em condições de igualdade e acesso, a não ser, migalhas que ao invés de nos alimentar por completo vão nos sufocando e deixando – nos sem força para reagir.
Por todas estas razões e argumentos, gostaria de conclamar a sociedade para uma reflexão sobre algumas diferenças que são escandalosamente insustentáveis para uma nação que é economicamente dependente de pequenos grupos mundiais e assim, quando perguntarem como está o seu salário você tenha autonomia para dizer que está ótimo e que você vive em um país onde a igualdade e o acesso são garantidos realmente para cada um dos 180 milhões de brasileiros.
E viva a igualdade e as oportunidades...
Paulo Sergio de Moraes – professor (
pmoreca@bol.com.br) Caçador-SC